Canal Testarossa

Alguma vez já se perguntou o porquê dos Isekais serem tão populares? Ou quando exatamente eles começaram? Hoje irei explicar não só isso, mas o que exatamente Isekai é, de uma maneira simples e, esperançosamente, bem informativa. Falar sobre isso é algo que parece ser muito necessário, pois, como de costume, as pessoas parecem estar generalizando muito e falando muitas coisas erradas do subgênero apenas por causa do seu preconceito com o mesmo.

Com o conceito de "transportado para outro mundo" ganhando mais e mais popularidade no ramo de web novels e consequentemente light novels, os autores e a própria comunidade inevitavelmente se encontravam frequentemente com a palavra "Isekai", logo, ela começou a ser adotada como um meio mais simples de definir tais obras, e as próprias obras começaram a usar o termo no seu título de maneira que torne mais fácil para quem gosta desse conceito encontrar obras com essa temática.
O primeiro (Até onde eu encontrei, me corrijam se estiver errado) anime a utilizar esse termo no seu nome foi a adaptação da light novel de Tarou Tatsunoko, Mondaiji-tachi ga Isekai kara Kuru Sou Desu yo? que saiu em 2013.
Nessa época ainda não havia essa onda de ódio contra o subgênero, e talvez o fato de terem definido um termo para ele tenha sido o que realmente facilitou terem um "alvo" para atacar. Visto que Isekai como definição já existe há muito tempo.

Bem, perguntas como essas são difíceis de responder com clareza, se você conhecer obras mais antigas que as citadas no texto, não hesite em mencioná-las!
Até onde eu pesquisei, a obra que pode ter começado tudo isso é a mundialmente famosa Alice no País das Maravilhas, lançada no ano de 1865. Sim, há 153 anos atrás o que definem como "Isekai" já existia. Outros títulos marcantes na nossa história que abordam esse mesmo conceito foram O Maravilhoso Mágico de Oz (1900) ou Peter e Wendy (1904, 1911).
A partir daí, inúmeras histórias sobre personagens transportados para o outro mundo foram criadas, tais como As Crônicas de Nárnia (1950 - 1956) e A Torre Negra (1982 - 2012).
Isekai já era um conceito extremamente popular mesmo antes de ter esse termo como definição, logo, era inevitável que obras do tipo fossem dar as caras nas mídias japonesas.

Genmu Senki Leda (1985) e NG Knight Ramune & 40 (1990) não quiseram ficar para trás e também deram as caras. Mas só em 1993 que uma obra do subgênero realmente explodiu em popularidade, dentro e fora do Japão, que foi quando o aprovadíssimo mangá de Magic Knight Rayearth começou a lançar, com a sua inevitável adaptação em anime saindo no ano seguinte.
A segunda metade da década de 90 foi repleta de animes isekais, então não mencionarei todos nesse post, mas se você nasceu nessa década, grandes são as chances de ter assistido o anime isekai mais popular(?) lançado até então, Digimon Adventure em 1999.

Eu acredito que o conceito em si tem um charme muito forte que atrai as pessoas, e acima de tudo é um conceito que pode abranger infinitas possibilidades. Então por que despejam tanto desgosto em algo com tanta história?
Bom, existem várias explicações. Uma delas é justamente a falta de informação. Para muitos não só Isekai é algo de agora, como é algo que só começou nos últimos 2 ou 3 anos.
Muitos simplesmente seguem a moda de odiar o que muita gente reclama, também conhecido como efeito manada. É complicado decifrar esse tipo de comportamento justamente por muitas vezes serem ilógicos. Ser ou não ser isekai não é o que vai definir a qualidade da obra, e dificilmente os animes lançados do subgênero são realmente similares uns aos outros. Eu vi de perto as pessoas com 1000 pedras na mão para atacar ambos KonoSuba e Re:Zero assim que foram anunciados só por serem isekais e deu no que deu, ambos foram adorados.
O que eu posso recomendar para vocês é: Assista/leia e tire suas próprias conclusões. Mas se for ruim, não é ruim por ser isekai, só é ruim por ser ruim e ponto final. O importante é sempre lembrar que quando você generaliza, não vai ser só 3 ou 4 animes ruins que você vai estar incluindo.

Espero que tenha adquirido alguma informação útil nesse post. Tem muito o que falar de um subgênero tão rico de obras, mas tentei focar mais no básico dessa vez. Saraba Da!