• Posted by : Testarossa sábado, 13 de maio de 2017


    Ao invés de falar de um episódio, acho que isso vai ser mais um post geral sobre a série até então por motivos de "Acumulou tanta coisa que não dá pra comentar mais episódio por episódio!".

    Sakura Quest é um dos animes mais fáceis de assistir dessa temporada, o que para uma pessoa que quer tensão, ação, empolgação e coisas do tipo 24/7 provavelmente vai olhar torto para essa afirmação. Mas só eu tenho posse das minhas próprias sensações, e tendo acumulado quase tudo dessa temporada (E da anterior), posso dizer que esse foi o anime mais fácil de colocar em dia.
    A razão principal é o fato do anime trazer muitos tópicos interessantes e discutíveis todo episódio, coisa que falarei sobre já já.
    O anime sempre me passou uma boa vibe desde o início, o passar dos episódios foi melhorando as coisas, já que eventualmente vamos nos acostumando com as personagens, existe o desenvolvimento dos mesmos e a história vai avançando (Em passos bem lentos, nesse caso), além de vários outros aspectos. Apesar de ter gostado da Koharu já no primeiro episódio, eu ainda não estava muito animado com o resto do cast, mas ao fim dos 6 episódios lançados até então, consigo dizer que já gosto de todo mundo (Menos da mãe da Ririko, claro).

    As personagens principais ainda estão em processo de desenvolvimento, então a tendência é melhorar. Por um momento achei que seguiria a clássica forma de um arco pra cada personagem. Mas embora não esteja muito distante disso, me surpreendeu que esse arco da produção do filme tem destacado mais de uma personagem, foi algo que gostei de ver... Até certo ponto. Aí que entra a parte frustrante do anime, é de querer arrancar os cabelos ver a situação da Maki e da Shiori ao mesmo tempo escalando cada vez mais, simplesmente porque nenhuma das duas usa um dos mais simples e importantes dons da humanidade: Comunicação. Enquanto do outro lado vemos que ninguém nota o desconforto das duas com a situação por estarem tão fissurados no trabalho.

    Com essas duas vertentes mais frustrantes que tentar zerar um dos jogos de Touhou (Hipérboles.), o anime simplesmente nos mostra que esse grupo de amigos na verdade não tem intimidade nenhuma, aí entra a questão do realismo. Maki nunca falou nada da vida pessoal pra ninguém, não tem como os outros adivinharem, descontar isso na Koharu é errado, mas é compreensível. Você naturalmente não quer revelar o que te consome por dentro pra qualquer um, existe uma barreira que precisa ser rompida.
    Já a Shiori provavelmente não quer entrar no caminho da produção do filme, mas também deve ter alguma forte ligação emocional com a casa, presa sem saber como agir, ela tenta ganhar tempo e chega até a mentir, dois dos erros mais comuns de quem tem medo de enfrentar a situação de frente: Mentira e Omissão (Lição do dia jovens: É melhor ser honesto do que tentar contornar a situação mentindo e ganhando tempo. Ah, e se comuniquem mais, não tenham medo de falar).
    Espero que isso se resolva antes que fique pior!
    Nesse episódio aprendemos que cigarras destroem carreiras. Sempre desconfiei do barulho que elas faziam!
    Esquecendo os eventos recentes. Nos últimos episódios alguns temas bem interessantes foram abordados, como "Tradição e Modernidade", com o anime fazendo um excelente trabalho mostrando que não existe certo ou errado, os dois tem seus prós e contras. Veja só os próprios animes como exemplo, o CGI vem se tornando cada vez mais presente, mas a maioria ainda tem bastante aversão a esse tipo de animação, outros já conseguem ver potencial nisso. A tendência é aumentar, nesse caso você ou se adapta aos novos tempos, ou cria sua bolha e se prende no passado, eu acho que existe como encontrar uma trégua entre os dois lados, mas pra isso primeiro o Japão tem que evoluir o CGI ainda. Hmm, acho que eu fugi do tópico.
    Ao menos descobrimos de onde veio o design das armaduras de ouro.
    Voltando, outro tema interessante é o "seu lugar no mundo". O caso da Sanae é muito realista, o mundo é cruel dessa forma, poucos conseguem alcançar o ponto do "tinha que ser ele(a), somente ele(a)", mas a maioria deseja ser especial de alguma forma. A maioria quer ser aceito.
    O que é que somente você pode fazer? Talvez exista algo assim, talvez não. Mas a resposta da Koharu é o mais perto que podemos alcançar: Existem coisas que podem ser feitas por muitos, mas cada uma dessas pessoas faz essa mesma coisa de um jeito diferente, o que te dá sua própria individualidade. Qualquer roteirista poderia escrever Sakura Quest, mas o anime acabaria totalmente diferente do que é atualmente, mesmo usando a mesma ideia.
    Queria que meu talento fosse fazer expressões faciais assim.
    Temas assim fazem o anime ficar bem legal de assistir, o ritmo bem lento acaba sendo algo que eu só percebo quando paro pra pensar depois de ter terminado o episódio, sabendo que serão 25 episódios, isso acaba nem sendo um problema pra mim.
    Espero que o anime continue ou mesmo melhore ainda mais daqui pra frente, que continue me frustrando com seu realismo (É, a vida é frustrante às vezes) e que continue trazendo temas interessantes que rendam uma boa discussão, ou pelo menos uma boa reflexão. Saraba Da!

    P.S.: O choque de descobrir que o criador de Sakura Quest é o Sandal só não foi tão grande quanto deveria porque eu estava ocupado rindo dele sendo colocado na viatura da policia.

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