• Posted by : Testarossa segunda-feira, 12 de setembro de 2022


    O episódio 10 de Extreme Hearts foi mais ou menos pelo caminho que eu esperava que fosse ir, com algumas surpresas boas, outras nem tanto. Eu, honestamente, esperava ver um pouco mais da partida entre a May-Bee e a Link@Doll, como um aperitivo para a grande final óbvia que viria a seguir. Porém, parece que o anime realmente quer guardar o jogo sério da May-Bee até a partida decisiva. Novamente, a derrota da Link@Doll era absolutamente esperada, mas pelo visto foi, acima de tudo, uma vitória avassaladora. A reação da líder da Link@Doll é natural como a de alguém que, em mais um ano, se vê incapaz de superar a equipe rival. Em todo caso, a final ser um jogo de basquete também era previsível, visto que a May-Bee sempre foi apresentada conectada ao basquete, acima dos outros esportes. E seria anticlimático se fosse, sei lá, um Lacrosse da vida.



    Antes da preparação para a final, precisávamos acompanhar a resolução do arco da Snow Wolf. Aqui é onde entra a surpresa boa, eu pessoalmente não conseguiria cravar com certeza se elas continuariam ou não praticando os Hyper Sports, qualquer um dos dois caminhos fariam muito sentido para o que foi apresentado das duas personagens. Mas uma narrativa inteligente pavimenta um caminho que justifique a decisão das personagens de forma coesa, e aqui acompanhamos isso através da visita da RISE e da Snow Wolf a um hospital onde se encontram muitas crianças que são fãs dos dois grupos. 



    Inspiração. A palavra que eu usei como título desse texto é muito relacionada aos dois principais tópicos de Extreme Hearts: esporte e música. Tem um verso na canção que as garotas cantam para as crianças e idosos do hospital que diz "um coração sonhador é infinito". As pessoas, sobretudo as crianças, hospitalizadas, ainda por cima, possuem sonhos que podem parecer muito distantes das suas realidades. Um alento comum para essas pessoas são as figuras inspiradoras que existem tanto no esporte, quanto na música. Quando falamos de pessoas jovens como as protagonistas desse episódio, acaba sendo algo que dá a esperança de que, quem sabe, você também consiga chegar lá. E cabe a nós, que conseguimos os holofotes, servirmos como boas fontes de inspiração, como boas influências, para aqueles que nos acompanham. Que é justamente o que a RISE e a Snow Wolf passam para as crianças daquele hospital.



    Ser capaz de mover o coração das pessoas através de algo que você genuinamente ama fazer é uma realidade muito poderosa, ainda que rara. Mas é isso que acaba sendo o famoso "turning point" para a Michelle e a Ashley. O futuro na área científica e o futuro no esporte e na música, é complicado medir esses dois lados. A empresa dos pais da Michelle começou a se recuperar financeiramente graças ao sucesso dela no Extreme Hearts e o trabalho que eles fazem mudam positivamente a vida de muita gente. Mas a fonte de inspiração, no fim das contas, vem dos exemplos daqueles que estão nos holofotes. Sempre foi e sempre será assim. E é esse calor e conexão que as pessoas nesses meios tem com os seus fãs que mudou o percurso que as duas caminhavam em relação aos seus futuros.



    A surpresa boa, nesse caso, seria elas formarem essa parceira com a RISE. Eu achei muito legal que exista essa amizade mais próxima dessas duas equipes, em comparação a todas as outras que já apareceram, inclusive para ajudar a RISE nos treinamentos. A Michelle e a Ashley tem um bom carisma e seriam adições excelentes para o cast caso se tornassem personagens frequentes. Alas, o anime está muito próximo do fim, então a não ser que tenha uma segunda temporada, não tiraremos muito proveito dessa nova amizade. 



    E por falar em amizade. Os momentos mais íntimos da Hiyori e da Saki nos trás para um fator que seria fácil de esquecer, ao menos para nós, pois para a Hiyori é algo mais do que especial. A vida dela só tomou o rumo que tomou graças a Saki, afinal. Não só por ela ter apresentado a Sumika, que treinou e se moveu para formar a RISE. Também não só por ter apresentado o Extreme Hearts para a Hiyori. Mas por ter sido o suporte dela no seu pior momento, quando a Hiyori via sua carreira musical ruir pela falta de popularidade, tinha sempre alguém ali acreditando no potencial dela. Esse momento das duas, nessa fase do anime, era algo necessário. 



    O que eu não diria que era necessário, era a suposta lesão da Hiyori logo no início da final. Não ter acompanhado a partida desde o primeiro segundo é meio anticlimático, e ainda que possam "voltar no tempo" no episódio seguinte para mostrar como aconteceu a lesão, já tivemos uma prévia do que será essa primeira parte do jogo, com a May-Bee ganhando por uma larga vantagem. O que levanta o questionamento se precisava mesmo dessa dose extra de drama, já que enfrentar a May-Bee por si só já é algo duríssimo. 



    Por outro lado, já há uns bons 6 ou 7 episódios eu venho pensando na possibilidade de uma lesão acontecer. A Hiyori é a mais suscetível a uma lesão, pois é quem precisa levar sua condição física ao limite para suprir sua falta de talento nos esportes e já cansamos de ver que ela treina até não poder mais. Na final, ainda por cima, é onde todas iriam querer ir até além do limite para buscar a vitória. Mas enfim, pode muito bem acontecer de não ser nada tão grave e ela ainda voltar para o jogo. Só veremos o desfecho disso no próximo episódio, o penúltimo. Sinceramente, acharia forçado a RISE vencer dentro do contexto que temos até aqui, mas novamente, é melhor esperar para ver o desenrolar do jogo antes de tirar conclusões. Espero que, acima de tudo, seja uma final digna e empolgante, para fechar o anime com chave de ouro. Saraba Da!

    Subscribe to Posts | Subscribe to Comments

  • Copyright © - Canal Testarossa

    Canal Testarossa - Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan