• Posted by : Testarossa sábado, 4 de agosto de 2018


    Não tem jeito, quando se trata de gosto pessoal mesmo a lógica pode acabar caindo por terra. Todos nós gostamos e desgostamos de diversas coisas e o único que pode mudar esses gostos somos nós mesmos.
    Dizer que não nos guiamos pelos gêneros, mesmo que parcialmente, seria uma baita mentira. Todo mundo tem gêneros que gostam mais e gêneros que gostam menos, isso é quase uma lei universal, e mesmo o cara que está lá, assistindo de tudo quanto é gênero, ainda tem suas preferências.
    Você gosta do que você gosta, você desgosta do que você desgosta. Não tem como ser mais óbvio que isso. Mas e se formos um pouco além no que isso realmente significa?

    Os gêneros das obras existem justamente para ser um guia, você que gosta do gênero X, ao ver uma obra do gênero X provavelmente se interessará em dar uma chance para a mesma, o mesmo vale para gêneros que não gosta. Como mídias de entretenimento, tudo é construído visando a facilidade e conforto dos consumidores. Mas para variar, os consumidores são pessoas que muitas vezes são extremamente tendenciosas, egoístas e sem sentido, e muitos acabam tornando esse mero guia em um grande representante.
    Pessoas começam a ser mais e mais extremas nos seus pontos de vista, o que gera muitos conflitos absurdamente inúteis e obtusos. Mas no fim, a realidade é que os gêneros nada mais são que um ótimo guia do tipo de conteúdo que uma obra vai ter, e que pode ou não decidir se ela é do seu interesse, e é só. Mas ao invés disso, essas pessoas extremas querem implicar que os gêneros tem correlação direta com a história, narrativa, personagens, execução e qualquer outro elemento da obra, o que é uma grande bobagem.
    Você não pode colocar K-On! e Mushishi na mesma caixa só porque os dois são Slice of Life, assim como você não pode colocar Seirei no Moribito e Touken Ranbu na mesma caixa por ambos serem animes históricos, ou Kekkou Kamen e To Love-Ru por serem ecchis.

    Convenhamos, a não ser que você seja um amante ou um odiador de um gênero específico, misturar obras apenas pelo gênero é uma decisão muito equivocada. Eu ao menos vou achar muito mais inteligente o cara que compara Code Geass com Death Note pelas ideias similares colocadas na narrativa de ambas as obras, do que o cara que compara Code Geass com Aldnoah.Zero porque os dois são do gênero mecha.
    Então na minha concepção os gêneros não são tão relevantes assim, eles são importantes para te guiar para coisas da sua preferência, sem duvidas, mas nunca, jamais dizem absolutamente nada sobre como a história e os personagens vão ser trabalhados e desenvolvidos. Se para você não interessa a história, personagens e afins, pois você odeia o gênero X, ótimo, é perfeitamente válido.  Mas não queira colocar opinião no que não conhece, porque sim, só o seu desgosto por um gênero não diz nada sobre o resto da obra (Pois aparentemente muita gente tem ataques de nervos se não der opiniões negativas sobre todas as obras de um determinado gênero, mesmo sem conhecer). Da mesma forma, não importa o quão fascinante você ache um determinado gênero, isso não te dá o direito de tentar atropelar o gosto e ponto de vista dos outros porque você acha inaceitável pensarem diferente, ninguém é obrigado a aturar algo que não gosta pois você acha bom. O mundo é grande o bastante para ter espaço para todo mundo.

    Eu acredito que as pessoas deveriam fazer menos, bem menos, pré-julgamentos sobre obras desconhecidas baseadas apenas nos gêneros, mas acredito que eles ainda são relevantes o bastante para ser válido você evitar uma obra por ser de determinado gênero, independente dos elogios alheios. Mas é uma discussão que certamente trás muitos pontos de vistas diferentes, então digam vocês: O quão relevante vocês acham que os gêneros são para uma obra? Saraba Da!

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