• Posted by : Testarossa sexta-feira, 2 de outubro de 2020

     


    Começou, amigos! E começou bem! Majo no Tabitabi estreia sua adaptação em anime com propriedade e personalidade. Não diria necessariamente que foi uma estreia perfeita, mas foi uma estreia que me deixou muito mais otimista pelo que essa adaptação se tornará nas próximas semanas.

    Antes de mais nada, o primeiro episódio do anime adaptou os capítulos 9 e 13 do volume 1 da novel, que contam o passado da protagonista, Elaina. Dessa forma, ao invés de já de cara conhecer a Elaina do jeito que ela é, optaram por introduzir a personagem mais casualmente, contando suas origens e o que levou ela a começar suas viagens. Narrativamente falando, as duas formas funcionam bem, então embora eu prefira a maneira de contar história que a novel usou, não me desagradou o caminho que o anime tomou. Muito pelo contrário, talvez tenha sido até uma sacada esperta, dependendo dos capítulos que eles irão adaptar. Há uma série de coisas nesse primeiro episódio que serão informações muito úteis para entender a personagem (Tanto que ela já até passa por um processo de desenvolvimento de personagem), certos eventos ou até como o universo da obra funciona. Mas, acima de tudo, e isso eu vou comentar melhor mais para frente, todo o trabalho audiovisual do episódio foi crucial para tornar essa estreia um episódio muito bom. Expressivo, criativo, bem ambientado, enfim, muito bem trabalhado.



    Uma das coisas que mais me encantaram no episódio foram detalhes que provavelmente muitos não perceberão, ou até mesmo não irão se importar muito, mas que talvez seja um sinal de um comprometimento da staff com a obra que fará total diferença no resultado final do anime. Eu me refiro a criatividade de trabalhar em cima das ideias por trás do universo da obra usando as vantagens que só uma animação poderia oferecer. Então são coisas que não necessariamente são descritas nos livros, mas mesmo assim a staff se deu a liberdade de explorar os conceitos básicos de um mundo mágico. 

    Por exemplo, quando a Elaina desce da vassoura, ela a faz desaparecer, com o perdão do trocadilho, num passe de mágica. Ou então a forma com que a culinária é feita em caldeirões, a própria estética das construções, geralmente envolvendo muito a natureza ao redor, a casa da Fran desaparecendo instantaneamente e por aí vai. São detalhes que dão mais vida visual para a magia da obra, que talvez seja um indício que estão tentando dar o máximo de personalidade possível para o universo de Majo no Tabitabi. Isso é algo muito satisfatório de se ver, como um fã das novels, por mais que essa liberdade criativa resulte em uma cena de fanservice questionável. Somado com os lindos cenários que esse episódio apresentou, essas são características que dão valor ao desejo da Elaina de viajar o mundo, para conhecer os mais criativos e exóticos lugares que há por lá.



    E falando em cenários, a produção desse episódio estava muito boa. E isso vai desde os cenários, até a direção de arte, design, fotografia e, em algumas partes do episódio, a própria animação em si. Tudo isso, junto da trilha sonora eficaz, amplificou a ambientação, que por sua vez tornou o episódio mais imersivo e as cenas mais convincentes. Por exemplo, durante o treinamento da Elaina com a Fran, a música que antes era mais relaxante, repentinamente muda para uma mais incômoda e você sente a rápida mudança de humor que a sequência de cenas está propondo, a ambientação te ajuda a sentir a frustração que vai se acumulando na protagonista, muito embora ela tente não demonstrar isso. Mais tardar, recebemos uma surpreendente cena de ação seguida de uma cena mais dramática, ambas muito precisas na sua execução. 

    Quando eu paro para pensar agora, só nesse episódio passamos por momentos cômicos, slice of life, melancólicos, de ação e de drama, sem realmente ser ruim em nenhum deles. Essa precisão vai ser muito importante se quiserem adaptar as mais variadas histórias contadas na novel. Ao menos, a variedade de cenários bonitos que nós temos dá uma boa expectativa de que os diversos lugares que serão visitados nessa temporada estarão todos muito bem trabalhados.



    Por fim, só tenho a dizer que foi uma estreia muito boa e bem adaptada. Não sei quanto tempo faz desde a última vez que vi um episódio que adapta bem uma parte de alguma novel que eu goste...3~4 anos, talvez? Talvez até mais, se eu não estiver esquecendo nada. Mas estava tudo ali, uma boa introdução da Elaina, que já passa por um desenvolvimento envolvendo toda a questão de amadurecer e ser menos arrogante, tal como a origem do seu grande desejo, sua mestra e uma excelente demonstração visual do que a magia, as bruxas, são capazes de alcançar nesse mundo.

    Definitivamente é um começo com o pé direito, agora fico na torcida para que o anime mantenha o nível até o final e que se torne um ótimo anime que consegue se sustentar com as próprias pernas. Estou feliz como fã da novel, mas também feliz por poder dizer que, por enquanto, é um anime que teria meus elogios mesmo que eu desconhecesse a obra original. Saraba Da!




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