• Posted by : Testarossa sexta-feira, 9 de outubro de 2020


    Na história da vez em Majo no Tabitabi, Elaina visita o país dos magos, um modesto país que, como o nome já diz, só permite a entrada de pessoas capazes de usar magia. Na novel, o conteúdo adaptado nesse segundo episódio era o capítulo de abertura do livro, era o ponta pé inicial da série. A história que é contada no episódio não tem nada particularmente especial, mas há uma razão narrativa, até meio óbvia quando paramos para pensar, do capítulo "O País dos Magos" ser o primeiro capítulo do primeiro volume da novel.
    Por trás da história que é contada nesse episódio, nós aprendemos bastante sobre como funciona as classes mágicas nesse universo. Há uma hierarquia, que começa com os magos, como a classe mais baixa, passando por bruxas aprendizes e, por fim, bruxas (Que são as únicas que podem tornar bruxas aprendizes em bruxas, como vimos no episódio 1). Os broches, que ficam expostos no peito da pessoa, servem como uma espécie de distintivo, e as bruxas são naturalmente muito respeitadas e até mesmo invejadas. Passamos a entender também como funciona o teste para se tornar uma bruxa aprendiz, com direito a dicas de como conseguir se dar bem no teste com menos dificuldade, para quem quiser se tornar uma.


    O tal país dos magos é realmente pensado para ser um lugar exclusivamente para magos. Já nos primeiros segundos de episódio, quando a Elaina chega no país, vemos que a entrada normal do mesmo está fechada, e a única forma de entrar no país seria por uma entrada que fica há vários metros acima do solo, ou seja, apenas alguém que saiba voar em uma vassoura (Ou um alpinista) conseguiria chegar lá.
    É elogiável a criatividade para pensar em lugares exóticos, mesmo que o destaque fique apenas em detalhes menores. No caso desse episódio, ainda que as casas fossem relativamente normais, o fato de colocarem portas na altura ou nos telhados é um detalhe que faz a diferença no cenário. São coisas que tornam evidente a inconveniência que seria você andar a pé, o que nesse caso seria só por opção, já que todos ali podem voar. Quando a Saya colide com a Elaina no ar e acaba destruindo uma série de telhas, (quase) ninguém dá a mínima. Isso porque, como a própria Elaina disse, reparar umas telhas recém-quebradas é algo que qualquer bruxa conseguiria fazer em instantes.


    Na história desse episódio, a Saya é uma maga que quer se tornar uma bruxa aprendiz, e vê na Elaina a chance de ter alguém para ajudá-la a passar no teste. Para isso, ela recorre a tática suja de esconder o broche da Elaina e ter ela como sua mestra. Mas a verdade é que ela estava solitária desde que sua irmã mais nova passou no teste e saiu do país, com isso se apegando ao curto período que passou junto com a Elaina. A própria Elaina foi, aos poucos, criando suas desconfianças, até conseguir a informação chave com uma senhora que observava todo o momento da colisão das duas.
    Para aquela situação mais delicada, o desenvolvimento que a Elaina passou no episódio 1 foi importante para fazê-la lidar com a situação da melhor forma possível. A rigidez para repreender a Saya, tal como a maturidade para dar conselhos precisos a ela e, claro, ter a empatia para entender as circunstâncias dela. As palavras da Elaina, "quando você está tentando alcançar um objetivo, você estará sempre sozinha", são certeiras. São seus objetivos, são coisas que você precisa conseguir fazer com as próprias pernas, se tornar dependente dos outros só vai te causar prejuízos, sobretudo morais. Tipo pegar e esconder um broche importante de outra pessoa só para tentar mantê-la perto de si. A solidão é algo muito emocionalmente pesado, a própria Elaina admite, e dar o seu "chapéu reserva" foi um ato muito humano da parte dela. Com mais um time-skip, vimos que, após 6 meses, a Saya conseguiu se tornar uma bruxa aprendiz, através do jornal que a Elaina lia. Sem dúvidas deixando a protagonista satisfeita.


    Ademais, alguns detalhes do episódio me deixaram bem satisfeito. A Elaina, por exemplo, estava bem expressiva em termos de animação, sem realmente precisar ficar fazendo caras e bocas. E em termos de dublagem e comportamento, é notável que ela já aparenta ser bem mais madura do que era no primeiro episódio (Houve um time-skip de 3 anos após o treino com a Fran, afinal). É muito bom que seja perceptível o quão diferente a Elaina do episódio 1 e a do episódio 2 são. A staff do anime continua a mostrar que estão fazendo o melhor possível para que a adaptação seja boa. Esse episódio foi levemente corrido em alguns momentos, para a minha surpresa, já que eu não imaginava que o capítulo fosse grande o bastante para ser preciso acelerar algumas partes. Nada que prejudicasse muito, mas também significa que outros capítulos um pouco mais curtos, que estarão no anime, não ficarão arrastados nem nada do tipo. As conexões que fizeram entre esse episódio e o episódio 1, que não existiam no original pela ordem ser diferente, foi bem bacana de se explorar, seja a importância do broche para a Elaina, ou a forma que ela dizia para a Saya algumas coisas que a Fran disse para ela no passado. Enfim, um bom segundo episódio que também revelou oficialmente a abertura e encerramento do anime, ambos com músicas muito belas. Saraba Da!



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